segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A beira do absurdo

As cenas que assistimos ontém, 16/08, durante as manifestações contra a corrupção, contra o governo de Dilma Roussef, contra o PT e o ex-presidente Lula, beira ao absurdo. Cartazes fazendo apologia ao Presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha uns dos vários nomes mencionados na investigação Lava Jato de ter recebido dinheiro do esquema da Petrobrás. Aécio Neves, que também foi citado na operação Lava Jato, Agripino, comprou até lei, Serra fazendo parte das manifestações, nomes citados em várias investigações contra a corrupção no Brasil, será que ninguém leu o livro: A Privataria Tucana de Amaury Ribeiro Júnior?
Pessoas tirando a roupa em frente ao Palácio do Planalto e em outras regiões do Brasil para chamar a atenção, no mínimo deveria ser enquadrado como atentado violento ao pudor, conforme estabelece o Código Penal Brasileiro. Cadê a polícia para prender estas pessoas, será que só servem para bater em professor e demais trabalhadores quando estão reivindicando seus direitos?
Respeito e sou completamente a favor das manifestações populares, mas pensava que a direita, comanda pelo PSDB/DEM fosse mais inteligente, não pessoas que precisam beirar ao ridículo para chamar a atenção. Pensava que eram mais cultas e inteligentes e não pessoas ignorantes, sem conteúdo nas manifestações.

domingo, 23 de junho de 2013

Esporte e capitalismo

O esporte em nossos dias é um instrumento de grande valor para as elites que controlam e buscam controlar a consciência das pessoas. Através do esporte procuram deixar as pessoas bestializadas, vivendo quase como zumbis sem personalidade própria, vivem com a consciência alienada, como se aquilo que estão vendo fosse à essência de suas vidas.
A cada momento a mídia estampa em suas propagandas, que custaram milhões, o rigor da competição do momento, como se aquilo fosse o ato final de uma grande peça teatral, deixando seus espectadores bestializados, sem noção que aquilo é somente mais uma das artimanhas do jogo do poder que envolve os “donos do mundo”.
Hoje envolvendo muitos recursos financeiros as grandes corporações utilizam os jogos para promover suas marcas explorando os competidores e sugando-os todas as suas forças corporais, utilizando-os  para poder afirmar que a sua marca é melhor do que a do seu concorrente.
O esporte é subjugado ao ideário do capital, verificamos na Copa das Confederações, que apenas favorece a uma série de atos, que envolve política, economia e o jogo do poder e nada mais e, o  povo feliz se deliciando do néctar dos deuses, recebe as imagens dionisíacas do grande espetáculo da vida.
Parafraseando o grande Cazuza, pena dos inocentes que se sentem como reis e rainhas em uma festa pobre que os donos do poder armaram para lhes convencer que o mundo não passa de uma grande dionisíaca festa com todos os holofotes apontados para suas consciências alienadas.
O esporte que deveria promover uma autêntica comunhão social, infelizmente perde sua essência lúdica para tornar uma fonte de corrupção e de alienação dos seres humanos. 
Povo feliz, povo bestializado com as imagens fantásticas que recebe dos meios de comunicação como se aquela fosse a única realidade, todas as pessoas tem que estar presente a este evento, mesmo estando em sua residência, devem sentir a experiência de participação social. Qual a nossa participação nestes jogos? A verdade é que somos condenados apenas a aplaudir as sobras da caverna que está em nossa frente, ou seja, as imagens transmitidas pelas emissoras de televisão. Imagens do mundo maravilhoso do faz de conta capitalista, onde a propaganda nunca mostra um produto dizendo o que ele é de verdade. Vende uma imagem rodeada de mensagens daquilo que o produto na verdade não é.  
O esporte, algo essencial aos seres humanos deve dar o grito de liberdade para que o espírito libertador do esporte revitalize seus valores e que faça aquilo que está em seu princípio a competição para o desenvolvimento dos competidores e do próprio ser humano. Para tanto, é imprescindível que haja a emancipação das atividades esportivas como instância lúdica e momento de confraternização e não seja apenas para iludir e alienar os seres humanos, favorecendo as grandes corporações para expor sua marca e vender seus produtos marcas neste estúpido mundo do faz de conta capitalista.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Jogos escolares do Paraná: jogos da vergonha


A discussão que se refere este pequeno texto vai de encontro com o que vivenciei nos colégios onde trabalho como professor das disciplinas de Filosofia e História, em Jacarezinho-Paraná. Colégios que participaram dos Jogos Escolares de 2013.. Conversando e debatendo com colegas professores chegamos à conclusão que os jogos que aconteceram na semana passada -25 a 28 de março- não tinham em nenhum momento o diálogo entre a importância dos jogos com o processo de ensino e aprendizagem de nossos alunos, ou seja, não tem como caráter a multidisciplinaridade. . Precisamos perguntar qual a importância dos jogos no contexto educacional? 
Os jogos no contexto educacional só podem ser situados corretamente a partir da compreensão dos fatores que colaboram para uma aprendizagem ativa dos nossos alunos. Sem este princípio não há o porque ser realizados. Como princípio educativo os jogos escolares tem a importância de desenvolver uma reflexão pedagógica sobre as várias formas de representação do mundo, historicamente criadas e culturalmente desenvolvidas pelos seres humanos.
 Representações vivenciadas pela expressão corporal, encontradas no esporte, nas danças, nos exercícios ginásticos e outros, que podem ser identificadas como forma de representação simbólica da realidade vivida pelos seres humanos e, também de suma importância a confraternização entre o seres humanos.
 Nós professores lutamos a favor dos benefícios causados pelos jogos escolares, sabendo que eles são fundamentais para o desenvolvimento motor, social e afetivo dos alunos. Os jogos escolares são necessários para a integração entre as crianças e adolescentes, perfazendo um convívio que é para a compreensão e o aprendizado de valores como respeito ao outro, o convívio social e as relações de amizades. O esporte proporciona a integração entre os atletas de todos os colégios e municípios envolvidos e colabora na formação do espírito esportivo. 
Há sempre a esperança que os alunos levem para sala de aula e para a vida a solidariedade e o trabalho em equipe, o trabalho coletivo que os jogos proporcionam. Mas infelizmente, o que vimos em Jacarezinho nesta etapa dos jogos escolares foi a mais relapsa forma de organizar e promover os jogos. A única modalidade esportiva foi o futebol de salão, onde alguns alunos participavam quase sempre escolhidos por um pequeno grupo seleto de alunos, não levando em conta, em momento algum, que o aluno para participar tenha obtidos um bom desempenho nas avaliações escolares.
A cidade de Jacarezinho conta com mais de seis colégios estaduais, ginásio de esporte entre outros locais que podem realizar os jogos, pergunto por que somente o futebol de salão? Será as outras modalidades sem importância? Como o voleibol, o handebol o basquetebol o skate uma modalidade esportiva que vem crescendo muito entre as crianças e os jovens, ajudando na coordenação psicomotora e visando o desenvolvimento dos alunos no processo de ensino e aprendizagem, a educação psicomotora e a qualidade de vida. Sem falar da prática de outras modalidades esportivas como o xadrez que ajuda o desenvolvimento intelectual dos educandos.
Neste dia chuvoso me pego em nostalgia e penso nos bons momentos que vivenciei quando ainda aluno da educação básica, havia os jogos escolares e poderíamos competir em várias modalidades esportivas, vôlei, basquete, futebol, futsal, handebol, etc., discutir as regras dos jogos com os professores e poder entender e aprender da importância do esporte em sua totalidade e principalmente aprender a solidariedade, a cidadania, o convívio social e as relações de amizades que ficam após as competições. 
O Brasil está muito próximo de sediar as Olimpíadas, que serão realizadas em 2016, na cidade do Rio de Janeiro, e o que vimos foi a falta de respeito com nossos alunos nesta etapa dos jogos escolares, retirando deles a possibilidade de no futuro poder escolher como profissão uma das muitas modalidades esportiva. 
 Já estamos cansados de escutar que a educação é a base de uma sociedade, é um instrumento de formação humano e meio para a formação social. Princípio este que também compartilho. Mas o descaso que nossos representantes, ocupantes dos cargos de gestão da educação nas Secretárias Municipais e Estaduais de Educação, Departamentos de Esporte e nos muitos Núcleos Regionais de Educação, escondidos atrás da burocracia estatal, muitos sem formação para os que cargos exercem, não dão a devida importância aos jogos escolares como princípio educativo para a formação humana.
 Com os jogos escolares os entes públicos podem incentivar a prática esportiva como instrumento de inclusão social e contribuir na formação integral do estudante como ser social, além de revelar talentos esportivos nas escolas podendo, assim, no futuro ter grandes atletas competindo nos mais diversos esportes e trazendo muita alegria para o povo de nosso país.
Nilton A Stein 
Professor de Filosofia e História

domingo, 24 de fevereiro de 2013

domingo, 29 de maio de 2011

O Novo Código Florestal

 Nilton Stein
Mais uma vez estamos assistindo o grande capital passando por cima do direito à vida. Os deputados votaram o Novo Código Florestal, anistiando os ruralistas que desmatam sem pensar nas consequência e prejuízos à vida em nosso planeta e sim, exclusivamente, no lucro, no capital.
A Presidenta Dilma deve tomar atitude em favor da vida, vetando o Novo Código Florestal aprovado pelos Deputados na Câmara Federal.
Penso que esta matéria deveria ser discutido e votado pelo povo brasileiro, através de plebiscito, um dispositivo constitucional, uma vez que o Novo Código Florestal é assunto popular e irá interferir na vida de todos nós.
No dia 30 de abril de 2011, foi vinculada matéria no site da G1, que mais de 30 milhões de pessoas foram atingidas por catástrofes naturais em 2010, um exemplo claro para nos preocuparmos com meio ambiente, preservando nossas florestas e as matas ciliares, sem citar a necessidades da preservações de nossos rios.
Fonte:
www.g1.com.br

sábado, 28 de maio de 2011

Serra abaixo até no PSDB

A cada notícia sobre a política envolvendo o incansável presidenciável José Serra vinculada pela mídia nacional, fica mais evidente a decadência do serrismo/FHC na política brasileira, depois de ser derrotado nas campanhas eleitorais para Presidente do Brasil em 2002 e 2010, José Serra não consegue ser eleito nem para presidência do PSDB e fica com a famigerada presidência do Conselho Político do PSDB, que na prática não serve para nada.
O interessante foi a matéria vinculada no Jornal Nacional da Rede Globo, como uma grande conquista do sempre fracassado presidenciável José Serra, a presidência do Conselho Político do PSDB, como se fosse a conquista da presidência do Brasil. Algo que Deus não permitirá que aconteça ao povo brasileiro.
Mais informações.
www.agenciacartamaior.com.br

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Resolução n° 1.237/08 - Licença Médica para professores da Rede Pública do Paraná

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná, publicou no dia 27 de março de 2008 a Resolução nº 1.237, resolvendo uma questão polêmica que afetava os professores afastados de suas atividades funcionais de até três dias por atestado médico, uma vez que a Instrução Normativa Conjunta nº 01/04 - DUED/GRHS/SEED obrigava os professores reporem aulas mesmo com atestado médico. Caso não houvesse a reposição de aulas por parte do professor afastado ele era penalizado com descontado dos dias de afastamento em seus vencimentos.

A Resolução nº 1.237/08 baseia-se na Lei nº 9394/96 (LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), no artigo 66 da Lei Complementar nº 7/76 e na Resolução nº 1.878/2000 – SEAP.

Primeiro, o artigo 66 da Lei Complementar nº 7/76 (Estatuto do Magistério) diz que “ainda que tenha sofrido desconto em seus vencimentos, por faltas, não se ressarcirá o professor por aula, atividade de recuperação ministrada em obediência ao calendário escolar ou outras exigências de ensino”. O artigo diz respeito a faltas não justificadas, ou seja, aquelas que não são amparadas por atestado médico, o que não é o caso do professor que se ausentou por motivo de tratamento de saúde e estava amparado por atestado médico.

Segundo, a Resolução nº 1.878/2000/SEAP, discorre sobre a Incumbência das chefias imediatas dos diversos órgãos da administração direta e autárquica pelo recebimento dos atestados médicos e odontológicos e também disciplina a forma de preenchimento do atestado médico.

Já Resolução nº 1.237/08 em seu Artigo 1º diz que “será concedida Licença Médica ao servidor que apresentar atestado médico, na forma do Art. 2º, desde que entregue em até 24 (vinte e quatro) horas do início do seu afastamento. Assim a Resolução estabelece que o professor que entregar o atestado médico de acordo com o que estabelece a Resolução estará em Licença Médica.

Vejamos o que estabelece a Lei Estadual nº 6.174/70 -Estatuto dos Funcionários Civis do Estado do Paraná sobre Licença Médica.

Artigo nº 128 da Lei Estadual nº 6.174/70 estabelece que “será considerado de efetivo exercício o afastamento em virtude de licença para tratamento de saúde. Assim o professor em licença médica terá o tempo de licença computado para todos os efeitos legais, inclusive terá o período de licença médica contado para efeitos de aposentadoria no Estado do Paraná.

Artigo 227 do Estatuto dos Funcionários Civis do Estado do Paraná diz: “licenciado para tratamento de saúde, acidente no exercício de suas atribuições ou doença profissional o funcionário recebe integralmente o vencimento ou a remuneração e demais vantagens inerentes ao cargo.

Já o argumento utilizado nos estabelecimentos de ensino e nos Núcleos Regionais de Educação que o professor é obrigado a repor as aulas quando afastado para testado médico, utilizando-se como princípio de autoridade a LDB e a Resolução 1878/2000-SEAP é um argumento sem fundamentação legal, pois é de direito dos alunos os 200 dias letivos ou 800 horas-aulas, mais a garantia deste direito é obrigação do Estado e uma forma de garantir o direito aos alunos é dispor de professores substitutos e não exigir do próprio professor licenciado para tratamento de saúde a reposição das aulas. A Resolução nº 1878/2000-SEA em nenhum momento menciona que o professor deve repor os dias afastado com atestado médico.

Sobre a Licença Especial, há o argumento de que o professor em licença para tratamento de saúde perde o direito de usufruir a Licença Especial. O Artigo nº 249 da Lei nº 6.174/70, estabelece que o servidor público do Estado do Paraná não terá direito a licença Especial se no qüinqüênio ter licença para tratamento de saúde superior a seis meses. Portanto, o argumento de que o professor perde a Licença Especial com a entrega do atestado de até três dias não é verídico na sua totalidade, uma vez que, o professor perderá a licença especial se no montante das licenças para tratamento de saúde utrapassar a seis meses no qüinqüênio.

De acordo com a Resolução nº 1.237/08, o professor licenciado por atestado médico de até três dias não tem a obrigação de repor as aulas dos dias de afastamento, corrigindo assim a distorção cometida pela Instrução Normativa Conjunta nº 01/04 – DUED/GRHS/SEED. Já a Lei Estadual nº 6174/70 garante ao professor o direito de não sofrer desconto em seus vencimentos, pois está em Licença Médica.

Nilton A Stein
Professor da Rede Pública de Educação do Estado do Paraná