domingo, 23 de junho de 2013

Esporte e capitalismo

O esporte em nossos dias é um instrumento de grande valor para as elites que controlam e buscam controlar a consciência das pessoas. Através do esporte procuram deixar as pessoas bestializadas, vivendo quase como zumbis sem personalidade própria, vivem com a consciência alienada, como se aquilo que estão vendo fosse à essência de suas vidas.
A cada momento a mídia estampa em suas propagandas, que custaram milhões, o rigor da competição do momento, como se aquilo fosse o ato final de uma grande peça teatral, deixando seus espectadores bestializados, sem noção que aquilo é somente mais uma das artimanhas do jogo do poder que envolve os “donos do mundo”.
Hoje envolvendo muitos recursos financeiros as grandes corporações utilizam os jogos para promover suas marcas explorando os competidores e sugando-os todas as suas forças corporais, utilizando-os  para poder afirmar que a sua marca é melhor do que a do seu concorrente.
O esporte é subjugado ao ideário do capital, verificamos na Copa das Confederações, que apenas favorece a uma série de atos, que envolve política, economia e o jogo do poder e nada mais e, o  povo feliz se deliciando do néctar dos deuses, recebe as imagens dionisíacas do grande espetáculo da vida.
Parafraseando o grande Cazuza, pena dos inocentes que se sentem como reis e rainhas em uma festa pobre que os donos do poder armaram para lhes convencer que o mundo não passa de uma grande dionisíaca festa com todos os holofotes apontados para suas consciências alienadas.
O esporte que deveria promover uma autêntica comunhão social, infelizmente perde sua essência lúdica para tornar uma fonte de corrupção e de alienação dos seres humanos. 
Povo feliz, povo bestializado com as imagens fantásticas que recebe dos meios de comunicação como se aquela fosse a única realidade, todas as pessoas tem que estar presente a este evento, mesmo estando em sua residência, devem sentir a experiência de participação social. Qual a nossa participação nestes jogos? A verdade é que somos condenados apenas a aplaudir as sobras da caverna que está em nossa frente, ou seja, as imagens transmitidas pelas emissoras de televisão. Imagens do mundo maravilhoso do faz de conta capitalista, onde a propaganda nunca mostra um produto dizendo o que ele é de verdade. Vende uma imagem rodeada de mensagens daquilo que o produto na verdade não é.  
O esporte, algo essencial aos seres humanos deve dar o grito de liberdade para que o espírito libertador do esporte revitalize seus valores e que faça aquilo que está em seu princípio a competição para o desenvolvimento dos competidores e do próprio ser humano. Para tanto, é imprescindível que haja a emancipação das atividades esportivas como instância lúdica e momento de confraternização e não seja apenas para iludir e alienar os seres humanos, favorecendo as grandes corporações para expor sua marca e vender seus produtos marcas neste estúpido mundo do faz de conta capitalista.